Ó vasto Khaos, abismo sem forma, Primeira causa, antes do tempo nascido, Das profundezas do nada, etéreo e sem norma, Invoco-te agora, pelo véu escondido.
Teces o cosmos com fios de silêncio, Danças na penumbra de cada criação, Ó Khaos, pai de Érebo, Noite e esquecimento, Tua presença ressoa na escura fundação.
Substância indizível, matriz de todos, Que dos deuses antigos, precede o ser, Emergem formas, luas, planetas e todos os modos, De onde a vida emerge e vem a falecer.
Eleva-te, Khaos, nessa dança de astros e aether, Ergue-te em tua glória antiga, vasta e sem lei, Na vastidão do vácuo, onde nenhum ser te vê, Respira a vida nos vales, nas espiras que semei.
Tempestade de potenciais, a semente de erosão, De ti, todas as almas, um dia, retomarão, Acalma-nos com tua presença, caos e razão, E dos teus escombros surgirá nova construção.
Pela tua voz, as eras são desfeitas, Por teu sussurro, a matéria é refeita, Ó Khaos, de ti tudo se perde e de ti tudo aceita, Sobre teu manto tecemos nossa infinita trajetória. IA KHAOS! IA KHAOS! IA KHAOS! IA KHAOS! IA KHAOS!
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